O movimento conhecido como “Novembro Azul” teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que afetam a população masculina. No Brasil, essa campanha foi iniciada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), juntamente com o Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011.
É importante ressaltar que, em média, os homens vivem até 7 anos a menos que as mulheres, e entre as explicações está a falta de autocuidado, uma vez que até 58% dos homens só procuram atendimento médico quando apresentam algum sintoma, conforme pesquisa divulgada pela SBU.
Dessa forma, o “Novembro Azul” reforça a necessidade de os homens serem cuidados de forma integral e com ênfase no rastreamento para o câncer de próstata. Mas por que se fala tanto no câncer de próstata? Ele é a neoplasia maligna mais comum a acometer o sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Além disso, também é o segundo câncer que mais mata os homens.
Nesse contexto, salienta-se que essa doença geralmente se apresenta de forma insidiosa, ou seja, não existem sintomas que alertem exclusivamente para o câncer de próstata. Pacientes com dor óssea, perda de peso, alteração do jato urinário, sangue na urina ou esperma podem já demonstrar doença avançada ou até mesmo refletir outra doença do sistema urinário masculino.
Dessa forma, o rastreamento precoce é recomendado – por meio do exame de toque retal e exame de sangue (PSA) – no Brasil, a partir dos 50 anos para todos os homens e, a partir dos 45 anos, para os homens que possuam pelo menos 1 fator de risco: obesidade, sedentarismo, raça negra ou histórico familiar de primeiro grau para câncer de próstata. O tratamento na fase inicial pode atingir até 90% de chance de cura e mudar o desfecho da doença.
Dr. Dennis Tomio Fujiike – CRM-AC 1529 / RQE 953, médico cooperado da Unimed Rio Branco e Membro da Sociedade Brasileira e Americana de Urologia.