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No Acre, 139 mil pessoas não tem banheiro em casa

O Acre está entre os cinco Estados onde há mais moradias com privação de equipamento sanitário, segundo o estudo “A vida sem saneamento – Para quem falta e onde mora essa população?” divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Trata Brasil. O Estado tem 15,4% de sua população morando em casas sem banheiro exclusivo — ou cerca de 139 mil pessoas, conforme as estimativas do ITB.

“Percentualmente, os cinco piores estados com esta modalidade de privação, considerando moradias e a população, foram Acre, Maranhão, Piauí, Pará e Amazonas, novamente com predominância das regiões Norte e Nordeste”, diz o estudo.

A análise identificou, ao nível nacional, que 60,7% da população morando em habitações sem banheiro de uso exclusivo estavam abaixo da linha de pobreza em 2022.

Além disso, o Acre também integra os cinco piores estados onde há maior contingente populacional sofrendo falta de água potável, considerando moradias e a população. Junto com o Acre, integram a lista Amapá, Rondônia, Pará e Paraíba. Apesar do Nordeste ter liderado a privação como região, o Norte do país sofre infelizmente com a falta de acesso à rede geral de água, com alguns de seus estados liderando percentualmente nesta privação.

Já os cinco melhores estados, que apresentam o menor índice percentual desta privação, estão espalhados pela região Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país: São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. A pesquisa considera cinco categorias de privações: privação de acesso à rede geral de água; frequência de recebimento insuficiente de água potável; disponibilidade de reservatório; privação de banheiro; e privação de coleta de esgoto. Os números são alarmantes: considerando as moradias brasileiras, da totalidade de 74 milhões, quase 9 milhões não possuem acesso à rede geral de água; quase 17 milhões contam com uma frequência insuficiente de recebimento; cerca de 11 milhões não possuem reservatório de água; cerca de 1 milhão não possuem banheiro; e 22 milhões não contam com coleta de esgoto. A pesquisa indica ainda que cerca de uma a cada duas moradias brasileiras convivem diariamente com algum tipo de privação no saneamento.

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